22 de agosto de 2008

Estudantes podem "colar" com iPod e celular


escola de ensino médio para garotas da Presbyterian Ladies' College, em Sydney, está chamando a atenção por permitir que alunas utilizem, durante as provas, fontes como a Internet, iPods ou até mesmo "consultas" por telefone.
A escola já era conhecida pela política do "livro aberto", que permitia que as alunas consultassem livros de referência durante os testes, com a condição de citar corretamente a fonte, conta o jornal World News Australia.
O próximo passo foi incorporar os aparelhos eletrônicos ao processo de avaliação das alunas, que têm 14 e 15 anos.
Deirdre Coleman é a responsável pelo programa que incentiva as alunas a obterem a informação utilizando seus celulares, acessando a Internet ou escutando podcasts em seus iPods. Ela afirma que a intenção é preparar o estudante para o mundo que ele vai encontrar lá fora.
"Elas não precisam memorizar toda a informação. Atualmente o que elas precisam ser capazes de fazer é utilizar os meios disponíveis para obtê-la e serem capazes de checar sua confiabilidade." Ela também lembra que as alunas só serão capazes de procurar por pequenos "pedaços de informação" caso tenham uma visão global do assunto, e apenas precisem verificar detalhes dela, diz o jornal Sydney Morning Herald.
O teste do novo método foi feito com uma prova sobre linguagem persuasiva, tendo a Olimpíada como tema. "Elas não foram avaliadas pelo conhecimento sobre os jogos, mas sim por sua capacidade de utilizar esse tipo de linguagem e por sua argumentação" explicou a professora.
A aluna Annie Achie, de 15 anos, contou que telefonar para sua tia a deu uma visão melhor sobre o assunto: "ela me explicou como os investimentos são aplicados na infra-estrutura do país e não diretamente no povo chinês." O foco da análise era sobre os jogos serem um desperdício de dinheiro.
Para os patrocinadores da idéia, o importante é ser capaz de utilizar a capacidade de raciocínio para listar recursos e utilizá-los de forma rápida, eficiente e correta, e não apenas ocupar "espaço em memória" com informações que estão disponíveis a qualquer momento.
O consultor educacional inglês Marc Prensky questiona: "por que não revolucionar o conceito de cola e incluir o mundo em nossa base de conhecimento?"

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