17 de abril de 2009

Philips vai parar de produzir monitores 3D


A Philips decidiu interromper a produção e a venda de aparelhos de TV que mostram imagens em 3D. A empresa também não vai mais investir no desenvolvimento desses produtos, hoje oferecidos principalmente para fins comerciais, como em ações publicitárias em eventos. A decisão foi tomada por "prioridades de investimento em outras áreas".


A decisão é um revés para esse tipo de tela, em que as imagens parecem estar "saltando" da tela. Até o ano passado, a Philips esperava que as TVs 3D chegassem ao consumidor residencial até 2013.
A empresa não divulga números atuais de vendas, mas até 2008 cerca de 3.000 unidades desses monitores haviam sido vendidas.


De acordo com a assessoria de imprensa da companhia no Brasil, a fabricação dos monitores, feita na Europa, será interrompida em junho deste ano. Entretanto, o centro de conversão de imagens 2D convencionais para o formato 3D, inaugurado em São Paulo no passado, continuará funcionando, ao menos por enquanto.


Um dos principais empecilhos para as telas 3D é o preço, já que um equipamento desses hoje custa 18 mil euros (cerca de R$ 50 mil).


Além disso, também há a barreira do conteúdo: filmes já feitos com tridimensionalidade também precisam ser convertidos para um novo formato, para serem assistidos sem óculos especiais --o mesmo acontece com games. Também não foi definido qual será o padrão para as transmissões.


Esse tipo de monitor tem tela de LCD, mas ganha uma película especial com microprismas. No jogo de luzes, o espectador tem a impressão de tridimensionalidade. A ideia é formar na tela duas imagens diferentes, que são combinadas pelo cérebro para formar uma figura 3D.


A Philips anunciou nesta semana que teve um prejuízo líquido de 59 milhões de euros (R$ 170 milhões) no primeiro trimestre de 2009, além de uma redução de 17% nas vendas, que ficaram em 5,1 bilhões de euros (R$ 14,6 bilhões).

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