2 de fevereiro de 2009

Chegada do IMAX reforça processo de modernização dos cinemas do país


Brasil ganha duas salas com tela 'gigante' em 2009.Entenda o que muda e veja roteiro dos cinemas mais equipados.


Quarenta anos depois do surgimento dos primeiros cinemas com a tecnologia IMAX na América do Norte (velhos conhecidos dos frequentadores de centros de ciência e parques de diversão na Flórida), o Brasil ganha suas duas primeiras salas de exibição do tipo neste ano. Inaugurado nesta sexta-feira (16), no Shopping Bourbon, na Pompéia, o Unibanco IMAX paulistano ostenta a maior tela instalada no país, com 14 metros de altura por 21 metros de largura.


A segunda sala IMAX será inaugurada em Curitiba, entre abril e maio deste ano.


Além do tamanho da tela, gigante se comparada à média das salas de cinema do país (veja tabela de comparações abaixo), e da altíssima resolução das imagens (que pode chegar a até 10.000 por 7.000 pixels, segundo dados do fabricante canadense, contra 2.048 por 1.080 pixels da maioria das salas de cinema digital), o espaço IMAX é também compatível com os filmes com tecnologia de projeção 3D, recurso que vem ganhando força no país desde a inauguração da sala digital do Cinemark Eldorado, em 2006.


A vantagem do IMAX, nas projeções 3D, é que sua tela é ainda mais côncava que a das salas já existentes e a disposição dos assentos é planejada especialmente para "envolver" o público nas cenas.


A melhor forma de perceber a diferença é vestir os óculos 3D e mergulhar junto com as câmeras no "Fundo do mar", filme escolhido para estrear a telona em São Paulo.


O documentário, gravado pelo diretor e mergulhador Howard Hall, mostra os principais ecossistemas marinhos com proximidade e definição impressionantes. Se nos velhos filmes 3D com lentes azuis e vermelhas já éramos tentados a "tocar" a imagem, neste a sensação é ainda muito mais aguda, graças ao porte da tela, que toma quase todo o campo de visão do espectador.


Mas, por maior que seja a tela e por mais avançados os sistemas 3D e de som, a promessa de "imersão total" feita pelos proponentes do IMAX deve ser tomada com um pouco de ceticismo. Mesmo que bem mais amplo do que nos filmes tradicionais, ao menos na sala paulistana, o campo de visão não exclui totalmente as bordas da tela e principalmente as cadeiras da frente. Se em alguns momentos você acredita estar mesmo mergulhando em meio a corais e cardumes de águas vivas, em outros, algumas fileiras de cabeças à sua frente insistem em quebrar a ilusão e lembrá-lo de que ainda se está no cinema.

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