18 de agosto de 2008

HP ultrapassa IBM como maior empresa de tecnologia do País

No ano passado, a HP ultrapassou a IBM e se tornou a maior empresa de tecnologia da informação do País, segundo o Anuário Informática Hoje, que será lançado segunda-feira em São Paulo. De acordo com estimativas da publicação, a HP do Brasil faturou US$ 2,283 bilhões em 2007, comparados a US$ 2,004 bilhões da IBM. Em terceiro lugar, ficou a Samsung, com US$ 934 milhões e, em quarto, a Positivo Informática, com US$ 815 milhões.A passagem da HP do segundo para o primeiro lugar, e da Positivo do nono para o quarto, reflete o crescimento da venda de PCs no País, concentrada principalmente no mercado residencial.
Em 2007, foram vendidos 10,5 milhões de microcomputadores, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o que representou um crescimento de 42% sobre o ano anterior. A maioria deles foi vendida para clientes domésticos.
A IBM deixou de fabricar microcomputadores quando vendeu sua divisão de PCs para a Lenovo em 2004.Apesar do destaque da venda de computadores, o mercado de tecnologia mostrou bom desempenho como um todo. "Não temos uma projeção para este ano, mas as empresas têm dito que ele está ainda melhor que o ano passado", disse Wilson Moherdaui, diretor da Plano Editorial, responsável pelo anuário.
Em 2007, a receita líquida do mercado brasileiro aumentou 10,5%, somando R$ 42,5 bilhões. Em dólares, o avanço foi ainda maior: passou de US$ 17,6 bilhões em 2006 para US$ 21,8 bilhões, com expansão de 23,5%.Em sua 23ª edição, o anuário traz o ranking das 200 maiores empresas de informática do País. Oitenta e sete por cento das empresas que publicam seus balanços tiveram lucro em 2007 e 33% do total tiveram rentabilidade maior que 10%. SETORESO setor de serviços responde por metade da receita do mercado brasileiro de tecnologia.
No ano passado, cresceu 21%, um avanço menor do que os setores de software e equipamentos, passando de US$ 9 bilhões em 2006 para US$ 10,9 bilhões. A maior empresa do setor é a IBM Brasil. "Os serviços não cresceram tanto no ano passado porque já haviam tido um crescimento forte nos anos anteriores", explicou Moherdaui.O faturamento dos fabricantes de equipamentos avançou 26%, chegando a US$ 8,3 bilhões. A HP, maior empresa de tecnologia, também é a maior empresa do setor. A participação dos equipamentos no mercado total ficou em 38,2%. As empresas de software mostraram uma recuperação.
O setor, que havia diminuído 1,55% em 2006, avançou 26% no ano passado, movimentando US$ 2,6 bilhões. Os programas de computadores respondem por 11,8% do mercado total. A maior empresa de software do País é a Microsoft, que passou do 11º para nono lugar. Assim como aconteceu com a HP e a Positivo, a Microsoft foi beneficiada pelo crescimento das vendas de PCs, que trouxe uma redução no mercado cinza (computadores com peças contrabandeadas e sonegação de impostos) e, conseqüentemente, na pirataria de software. Segundo dados da Business Software Alliance (BSA), o índice brasileiro de pirataria de software caiu 5 pontos porcentuais nos últimos dois anos, chegando a 59% em 2007.As vendas de computadores têm sido beneficiadas pela melhora da economia, pelo câmbio favorável, pela boa oferta de crédito e pelo corte de impostos federais, por meio da chamada Lei do Bem.
A expectativa de um ano melhor que 2007 está sendo confirmada pela venda de computadores até agora.No primeiro semestre, foram vendidos 5,685 milhões de computadores, de acordo com a consultoria IT Data, um crescimento de 31% sobre o mesmo período de 2007. Por causa disso, a IT Data, que faz o estudo sob encomenda da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), elevou sua projeção de vendas para o ano de 11,8 milhões para 13 milhões de unidades.
A Positivo Informática, que subiu do nono para o quarto lugar, se tornou a maior empresa de informática de capital nacional. Ela ultrapassou o Serpro, do Ministério da Fazenda, que passou do sexto para o sétimo lugar.O anuário escolheu a SAP, fornecedora de software de gestão empresarial, como a empresa do ano. A receita líquida da companhia subiu 66% em 2007, e ela avançou do 31º para o 15º lugar no ranking das maiores. "Na escolha da empresa do ano, a rentabilidade tem mais peso que o crescimento", explicou o diretor da Plano Editorial.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080816/not_imp224938,0.php

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